Há uns tempos fui beber um copo com um amigo, a um sítio muito frequentado aqui na terra. Nada de novo. Aliás, nada mesmo... Muita gente, a "loucura" completa (ou talvez não), corpos abanando-se ao som da "conversa de sempre" (não gosto de referir nomes, muito menos Samba e Kizomba).
Até que, a certa altura, reparei que se encontrava na sala um sujeito caricato, completamante embriagado. Ao ver que olhava para ele, o sujeito dirigiu-se para perto de mim. Pensei logo "este gajo quer conversa", mas mantive-me no mesmo sítio. O fulano chega-se ao pé de mim e grita-me ao ouvido: "Que merda é esta? Onde é que está o Roquenrole! Não há Roquenrole nesta terra?"
Já não me lembro o que lhe respondi, mas o que é certo é que dei por mim a pensar que já por diversas vezes tinha feito a mim mesmo e a mais alguém essa mesma interrogação.... e esta situação veio mostrar-me como por vezes, mesmo alguém que parece não estar na posse das suas totais faculdades, consegue ver uma coisa que parece passar ao lado de muita gente...
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
* Dias de Porto * Esta depressão que me anima *
"Dead Combo, relojoeiros do som e claro, a Orquestra. Dead Combo é dor, prazer, orgasmo e sensualidade. É gangster e cowboy. É Nápoles e Lisboa. É cravo, G3 e faca do mato. É jindungo e ginginha. É música e cinema. É viagem e quarto escuro. É vida e morte. É carne e sangue. É serão em casa, noite de copos ou noite de sexo. Engate ou desgosto de amor. Contenção ou delírio. O pico do Evereste. Ou um dos picos. As músicas que a cidade contém. "
em:
Dead Combo & Royal Orquestra das Caveiras * Noites Ritual * Porto * 31/8/12
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WrayGunn
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Rodrigo Leão * Coliseu Do Porto * 26 de Novembro de 2012 * Vídeos
Estive no YouTube e encontrei uns vídeos bem decentes feitos da plateia.
Obrigado a quem os fez. Vamos a alguns deles:
Cumprimentos
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Scott Matthew
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Rodrigo Leão * Coliseu Do Porto * 26 de Novembro de 2012
Rodrigo Leão é uma daquelas personagens que eu gosto de apelidar de "artistas de alma cheia". É um daqueles artistas com uma densidade impressionante, capazes de abraçar vários estilos, colocá-los na sua música, e apoderar-se deles, tão belas que são as composições que passam das suas ideias para a tela sonora que nos chega mais tarde. Fui vê-los, a ele, banda e convidados, ao Coliseu do Porto, e embora já o tivesse visto uma vez, em festival, pareceu-me a primeira vez. E isto porquê? Talvez porque entre as duas ocasiões, passei de uma tarde solarenga no Meco, inundada de ambiente festivo com um público mais atento a outras sonoridades, para um serão prazeroso na Invicta, numa grande sala, onde sobressaíam as vestes elegantes do público, "a sua melhor roupa", talvez uma roupa apropriada para a cerimónia em causa, receber Rodrigo Leão no Coliseu. Um imagem que combinou na perfeição com o cenário desenhado por Leão e os seus músicos. Foi a minha estreia no Coliseu do Porto. Em anos e anos de concertos, nunca me tinha calhado pôr lá os pés. E que estreia!!
Rodrigo e companhia fizeram desfilar, antes de mais nada, 7 ou 8 instrumentais, alguns deles que me trouxeram à lembrança ruas e lugares de Paris, Roma ou Buenos Aires, sítios em que realmente nunca estive antes. É bom quando isso acontece... Tudo composto e executado com um bom gosto assinalável. Depois vieram os convidados, o australiano Scott Matthew, o irlandês Neil Hannon (Divine Comedy) e a inglesa Beth Gibbons, dos Portishead. Scott cantou 5 ou 6 canções, em especial "Terrible Dawn", com sua voz muito sui generis e figura a fazer lembrar o Raminhos do 5 Para A Meia Noite, o gentleman Neil Hanon cantou 2, ou melhor, cantou a mesma duas vezes, já que repetiu "Cathy" no encore, talvez porque o primeiro assalto não tenha corrido como esperava, e a tímida e melancólica Gibbons apresentou a sua "Show", e "Lonely Carousel". Qualquer um deles combina muito bem com o mundo de Rodrigo Leão. Portanto, em suma, são concertos como este que fazem valer a pena ir trabalhar com 2 horas de sono e penar durante o dia seguinte. Sem dúvida, um serão muito bem passado.
Rodrigo Leão é uma daquelas personagens que eu gosto de apelidar de "artistas de alma cheia". É um daqueles artistas com uma densidade impressionante, capazes de abraçar vários estilos, colocá-los na sua música, e apoderar-se deles, tão belas que são as composições que passam das suas ideias para a tela sonora que nos chega mais tarde. Fui vê-los, a ele, banda e convidados, ao Coliseu do Porto, e embora já o tivesse visto uma vez, em festival, pareceu-me a primeira vez. E isto porquê? Talvez porque entre as duas ocasiões, passei de uma tarde solarenga no Meco, inundada de ambiente festivo com um público mais atento a outras sonoridades, para um serão prazeroso na Invicta, numa grande sala, onde sobressaíam as vestes elegantes do público, "a sua melhor roupa", talvez uma roupa apropriada para a cerimónia em causa, receber Rodrigo Leão no Coliseu. Um imagem que combinou na perfeição com o cenário desenhado por Leão e os seus músicos. Foi a minha estreia no Coliseu do Porto. Em anos e anos de concertos, nunca me tinha calhado pôr lá os pés. E que estreia!!
Rodrigo e companhia fizeram desfilar, antes de mais nada, 7 ou 8 instrumentais, alguns deles que me trouxeram à lembrança ruas e lugares de Paris, Roma ou Buenos Aires, sítios em que realmente nunca estive antes. É bom quando isso acontece... Tudo composto e executado com um bom gosto assinalável. Depois vieram os convidados, o australiano Scott Matthew, o irlandês Neil Hannon (Divine Comedy) e a inglesa Beth Gibbons, dos Portishead. Scott cantou 5 ou 6 canções, em especial "Terrible Dawn", com sua voz muito sui generis e figura a fazer lembrar o Raminhos do 5 Para A Meia Noite, o gentleman Neil Hanon cantou 2, ou melhor, cantou a mesma duas vezes, já que repetiu "Cathy" no encore, talvez porque o primeiro assalto não tenha corrido como esperava, e a tímida e melancólica Gibbons apresentou a sua "Show", e "Lonely Carousel". Qualquer um deles combina muito bem com o mundo de Rodrigo Leão. Portanto, em suma, são concertos como este que fazem valer a pena ir trabalhar com 2 horas de sono e penar durante o dia seguinte. Sem dúvida, um serão muito bem passado.
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Scott Matthew
terça-feira, 11 de outubro de 2011
" Heróis do Mar" - Miguel Ângelo - Parte II
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A participação no Festival da Canção foi para ganhar, para chocar ou para se divertirem? O último lugar ajudou a promover a banda?
Foi um misto de atitudes. Era importante aparecermos daquela maneira, pondo em causa uma série de noções relativas à música portuguesa que aparecia na TV. Em certa medida ajudou, destacou-nos do evento em si.
E quais foram os piores momentos da carreira?
Por duas vezes existiram, mortes associadas indirectamente (ou nas imediações) aos concertos, e de gente bem nova. Esses momentos são piores que qualquer fracasso...
Qual a razão do fim dos Delfins? Já não faria sentido continuar? Não achas que os dois últimos discos poderiam ter tido outro impacto se não houvesse um certo preconceito contra os Delfins?
Foram 25 anos bem documentados em canções. Alturas há em que precisamos de parar e recomeçar para que tudo faça sentido e nos oiçam outra vez.
Na tua opinião, quais os maiores factores de desmembramento e fim das bandas?
Divergência de opinião artística, sei lá, drogas, álcool...
Qual a tua opinião acerca do efeito de álcool e drogas na criação musical?
O efeito é nulo em termos de criatividade. Vejo isso mais com um escape de lazer em relação a épocas de maior pressão.
Qual foi para ti a década de ouro da música, porquê,e quais as maiores bandas de sempre?
Os anos 60 marcaram pois foram feitas centenas de boas canções de estrutura clássica na pop. Mas todas as décadas seguintes foram importantes e tiveram as suas pérolas.
Os Resistência marcaram uma era na música portuguesa. Como surgiu esse projecto? Voltavas a integrá-lo hoje com a mesma malta?
Acho que esse tipo de experiências resultam em dadas alturas e com certas pessoas. Repeti-las é um erro. O que não quer dizer que não se faça one night only...
E quanto aos Movimento, como surgiram?
Primeiro foi um convite de editoras, depois o entusiasmo criado tornou o colectivo numa verdadeira banda. Julgo que era preciso mexer na década em que mexemos (1965-1974).
A cultura mod é uma paixão tua. Fala-me um pouco disso. O que acontece em Portugal nessa área?
Acontecem festas e comunhão de interesses musicais, cinematográficos, enfim, culturais, de um grupo de gente que gosta de estar atenta tanto ao passado como ao futuro.
Palavra Puxa Palavra:
Stones: puros azuis
Xutos & Pontapés: rollin'
Delfins: clássico
Cascais: vila piscatória?
Portugal: segundo a Moodys?
Mod: lifestyle
Beatles: 4 cabeleiras do apocalipse
Rock n' Roll: what ever happened to...?
PoP: come-se a si próprio
Público: o jornal??
Canção da vida: Ain't No Mountain High Enough
A participação no Festival da Canção foi para ganhar, para chocar ou para se divertirem? O último lugar ajudou a promover a banda?
Foi um misto de atitudes. Era importante aparecermos daquela maneira, pondo em causa uma série de noções relativas à música portuguesa que aparecia na TV. Em certa medida ajudou, destacou-nos do evento em si.
E quais foram os piores momentos da carreira?
Por duas vezes existiram, mortes associadas indirectamente (ou nas imediações) aos concertos, e de gente bem nova. Esses momentos são piores que qualquer fracasso...
Qual a razão do fim dos Delfins? Já não faria sentido continuar? Não achas que os dois últimos discos poderiam ter tido outro impacto se não houvesse um certo preconceito contra os Delfins?
Foram 25 anos bem documentados em canções. Alturas há em que precisamos de parar e recomeçar para que tudo faça sentido e nos oiçam outra vez.
Na tua opinião, quais os maiores factores de desmembramento e fim das bandas?
Divergência de opinião artística, sei lá, drogas, álcool...
Qual a tua opinião acerca do efeito de álcool e drogas na criação musical?
O efeito é nulo em termos de criatividade. Vejo isso mais com um escape de lazer em relação a épocas de maior pressão.
Qual foi para ti a década de ouro da música, porquê,e quais as maiores bandas de sempre?
Os anos 60 marcaram pois foram feitas centenas de boas canções de estrutura clássica na pop. Mas todas as décadas seguintes foram importantes e tiveram as suas pérolas.
Os Resistência marcaram uma era na música portuguesa. Como surgiu esse projecto? Voltavas a integrá-lo hoje com a mesma malta?
Acho que esse tipo de experiências resultam em dadas alturas e com certas pessoas. Repeti-las é um erro. O que não quer dizer que não se faça one night only...
E quanto aos Movimento, como surgiram?
Primeiro foi um convite de editoras, depois o entusiasmo criado tornou o colectivo numa verdadeira banda. Julgo que era preciso mexer na década em que mexemos (1965-1974).
A cultura mod é uma paixão tua. Fala-me um pouco disso. O que acontece em Portugal nessa área?
Acontecem festas e comunhão de interesses musicais, cinematográficos, enfim, culturais, de um grupo de gente que gosta de estar atenta tanto ao passado como ao futuro.
Palavra Puxa Palavra:
Stones: puros azuis
Xutos & Pontapés: rollin'
Delfins: clássico
Cascais: vila piscatória?
Portugal: segundo a Moodys?
Mod: lifestyle
Beatles: 4 cabeleiras do apocalipse
Rock n' Roll: what ever happened to...?
PoP: come-se a si próprio
Público: o jornal??
Canção da vida: Ain't No Mountain High Enough
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Miguel Ângelo
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