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terça-feira, 30 de julho de 2013

VIDA DE ARTISTA...











terça-feira, 11 de outubro de 2011

" Heróis do Mar" - Miguel Ângelo - Parte II

...

A participação no Festival da Canção foi para ganhar, para chocar ou para se divertirem? O último lugar ajudou a promover a banda?

Foi um misto de atitudes. Era importante aparecermos daquela maneira, pondo em causa uma série de noções relativas à música portuguesa que aparecia na TV. Em certa medida ajudou, destacou-nos do evento em si.



E quais foram os piores momentos da carreira?

Por duas vezes existiram, mortes associadas indirectamente (ou nas imediações) aos concertos, e de gente bem nova. Esses momentos são piores que qualquer fracasso...

Qual a razão do fim dos Delfins? Já não faria sentido continuar? Não achas que os dois últimos discos poderiam ter tido outro impacto se não houvesse um certo preconceito contra os Delfins?

Foram 25 anos bem documentados em canções. Alturas há em que precisamos de parar e recomeçar para que tudo faça sentido e nos oiçam outra vez.



Na tua opinião, quais os maiores factores de desmembramento e fim das bandas?

Divergência de opinião artística, sei lá, drogas, álcool...

Qual a tua opinião acerca do efeito de álcool e drogas na criação musical?

O efeito é nulo em termos de criatividade. Vejo isso mais com um escape de lazer em relação a épocas de maior pressão.

Qual foi para ti a década de ouro da música, porquê,e quais as maiores bandas de sempre?

Os anos 60 marcaram pois foram feitas centenas de boas canções de estrutura clássica na pop. Mas todas as décadas seguintes foram importantes e tiveram as suas pérolas.

Os Resistência marcaram uma era na música portuguesa. Como surgiu esse projecto? Voltavas a integrá-lo hoje com a mesma malta?

Acho que esse tipo de experiências resultam em dadas alturas e com certas pessoas. Repeti-las é um erro. O que não quer dizer que não se faça one night only...

E quanto aos Movimento, como surgiram?

Primeiro foi um convite de editoras, depois o entusiasmo criado tornou o colectivo numa verdadeira banda. Julgo que era preciso mexer na década em que mexemos (1965-1974).

A cultura mod é uma paixão tua. Fala-me um pouco disso. O que acontece em Portugal nessa área?

Acontecem festas e comunhão de interesses musicais, cinematográficos, enfim, culturais, de um grupo de gente que gosta de estar atenta tanto ao passado como ao futuro.

Palavra Puxa Palavra:

Stones: puros azuis
Xutos & Pontapés: rollin'
Delfins: clássico
Cascais: vila piscatória?
Portugal: segundo a Moodys?
Mod: lifestyle
Beatles: 4 cabeleiras do apocalipse
Rock n' Roll: what ever happened to...?
PoP: come-se a si próprio
Público: o jornal??
Canção da vida: Ain't No Mountain High Enough

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

"Heróis do Mar" - Miguel Ângelo - Parte I

Boa Tarde!

De há uns anos para cá, passei a prestar atenção aos Delfins, depois de um clic que tive com a música Marcha dos Desalinhados e de ter gostado de um dos últimos álbuns da banda, o "Delfins". Nesta altura, apesar de manterem a qualidade que fez deles uma das melhores bandas pop/rock portuguesas de sempre, a sua popularidade tinha decrescido e muito, na minha opinião, por um certo preconceito instalado no público português.... mas isso fica para outras discussões.

Considero o Miguel Ângelo um excelente vocalista, um excelente "líder" da banda, e um excelente performer. Por isso, considerando-o um dos "heróis" da música portuguesa, convidei-o para uma entrevista. Parco em palavras mas directo ao assunto, aqui está a primeira parte da entrevista a Miguel Ângelo:


Descreve-me os projectos musicais da tua carreira.

DELFINS 1984-2009
RESISTÊNCIA 1991-1994
MOVIMENTO 2011-...
A SOLO 2012-...


Sentes que os Delfins foram injustiçados depois de um ou dois discos não terem tido a melhor aceitação? Havia quem sentisse isso no seio da banda?

Se calhar isso pesou um pouco, e nem todos temos a mesma fibra. Mas acho que fizemos bons discos até ao fim, com canções.


Quais os momentos da carreira dos Delfins e da tua própria que mais te marcaram?

Sem dúvida a tour O Caminho da Felicidade, em 1996. Mas também espectáculos como o Ser Maior, no Teatro da Trindade(1993) e o Breve Sumário da História de Deus, no teatro Gil Vicente(1994). E todas as viagens, especialmente a viagem a Timor.





Encontro-te várias vezes em concertos e festivais. Consideras-te um "festivaleiro"?

Gosto de música ao vivo e nos festivais prefiro os palcos secundários - ainda melhor se forem tendas! - pelas bandas emergentes e especialmente por o som ser lá melhor que nos ventosos palcos principais... Mas prefiro de longe ver um bom espectáculo numa boa sala. A vantagem dos festivais é a multiplicidade de bandas e a surpresa.


Quais as bandas/artistas que mais te influenciaram ou influenciam?

Desde cedo, artistas como o Bowie ou Marc Bolan, depois bandas como os The Jam e The Stranglers. Depois a soul music, inabalavelmente. Mas estou sempre a ter bandas preferidas, entre as novas que aparecem. De momento passeio-me no catálogo da Daptone...


Quais os concertos mais marcantes em que participaste? E aqueles a que assististe?

Concerto da Independência, em Timor, ou a 1ª parte da Tina Turner, em Alvalade, onde também tocámos no Portugal ao Vivo e Filhos da Madrugada. Dos que assisti - centenas... - destaco sempre o 1º: The Lamb Lies Down on Broadway tour, Genesis, em 1975. Onde vi também o James Brown, nos anos 80!


Como vês o estado actual da música portuguesa e que bandas destacas do nosso panorama?

Vejo e verei com muito bons olhos tudo o que for surgindo, sabendo por cá não basta existir, mas sempre resistir. Destaco Sean Riley and the SlowRiders, Os Lábios, The Poppers, X-Wife, Os Lacraus, Os Golpes, You Can't Win, Charlie Brown, Pega Monstro e claro, Movimento.


continua....

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Coimbra tem mais encanto na hora... do rock n' roll! Entrevista a Victor Torpedo PARTE II

..........


É verdade que vai haver um regresso dos Parkinsons? São saudades?

Em relação aos Parkinsons vai ser só uma reuniao temporária, e volta a acontecer devido a pressões exteriores à banda...quer dizer pressões positivas.
O convite para o primeiro concerto veio de Londres e vamos tocar na nossa casa espiritual, no Dirty Water Club, a casa do Garage Punk Mundial, é um convite que nos é difícil recusar devido à intimidade que temos com as pessoas desse clube e com a importante ajuda que nos deram no passado. E vamos tocar também em Portugal na semana seguinte, na inauguração da minha exposição "we love 77" em Coimbra, e no dia anterior no Algarve....vão ser concertos intimistas para matar a saudade de alguns amigos e também algumas saudades nossas....



O que acha das bandas/projectos dos restantes Tédios Boys?

Todos têm projetos com pés e cabeça....mas tenho mais interesse nas pessoas do que na sua música, mas respeito-os imenso como sobreviventes de uma grande batalha de mais de vinte anos para tentarem mudar a pobre paisagem musical deste país,tudo de melhor para eles....




Como classifica a sonoridade dos Tiguana Bibles?

Os Tiguana Bibles são um estranho híbrido musical bebendo influências em vários géneros musicais passando pelo rockabilly, country, 6o's beat etc....Mas mais que isso os Tiguana Bibles têm um lado negro e um som que vive entre os ambientes cinematográficos de um David Lynch ou de um Tarantino.....acho que fazemos um "rock" fatalista e dramático, a banda sonora ideal....


Acha que a cena musical de Coimbra traz/é algo de especial inserida no contexto da música portuguesa?

Não, a resposta é simples....não há uma cena musical em Coimbra....a ideia de Coimbra como capital do rock, como dizem muitas vezes....dá-me vontade de rir.


PALAVRA PUXA PALAVRA:

Bono Vox - "Madre Teresa de Calcutá"
Joe Strummer - "Metade do meu coração"
Rolling Stones - "Grande Banda com uma pessoa horrenda, vaidosa como frontman, mas ninguém lhes consegue chegar perto, principalmente nos anos 60"
Xutos e Pontapés - "Zé Pedro, Zé Pedro, Zé Pedro...."
Kurt Cobain - "Entendo, mas não faz parte do meu universo, não é o grito da minha geração"
Rock'n'Roll - "Don't step on my blue suede shoes....identidade e personalidade,e claro, juventude"
Punk - "Liberdade"
Coimbra - "a cidade que nos viu nascer, Hometown"
Portugal - "Mourinho e Ronaldo.....e carne de Porco à Alentejana"
Londres - "a minha outra cidade, casa"





Victor, muito obrigado e felicidades!
Abraço

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Coimbra tem mais encanto na hora... do rock n' roll! Entrevista a Victor Torpedo PARTE I

Boa noite!

Demorou mas fez-se: aqui está a segunda entrevista, desta vez ao Victor Torpedo, guitarrista dos Tiguana Bibles e membro dos extintos Tédio Boys, The Parkinsons e Blood Safari.

Não vou esconder a minha admiração pelo Victor. "Conheci-o" num dos últimos concertos dos Parkinsons, na Queima de Coimbra, e adorei a sua entrega em palco, enorme. Uns anos mais tarde, encontrei-o em 3 concertos dos Tiguana Bibles, já noutro registo diferente.

É alguém que me ajudou e ajuda a perceber e a sentir o rock and roll, mesmo que seja só cá no meu canto, e que me inspira com a sua atitude, ainda que, das suas bandas, apenas Tiguana e Parkinsons me tenham marcado. Nem mais. Não me esqueço do concerto nas Noites Ritual, adorei. E na Via Latina. E no Alive, com os Machine Head como ruído de fundo...

O Victor respira e transpira rock...

Já estava na altura de ele e outros terem um reconhecimento público mas não faz mal... o povo quer é kizombas e pimbas. Pode ser que isto mude... um dia. Espero ainda assistir a isso...




Mas pronto, como alguém diz, vamos pôr a bola a rolar:

Qual a sua opinião acerca da influência de drogas e alcool na criação musical?

A minha resposta é muito simples, "drugs don't work", como aquela música horrivel dos Verve, de qualquer forma foi a única coisa certa que eles disseram.
Essa é a minha opinião acerca de drogas e música....tudo passa primeiro pelo talento,não há nenhuma poção mágica que te apure esse sentido, pode-se conviver com drogas e ser creativo na mesma mas só em pequenos momentos da vida .....um verdadeiro junkie é um inapto em termos de criação.... a maior prova da equação é o Jonnhy Thunders, em cada 20 concertos dava um bom concerto. Drugs don't work.

Tem muito trabalho como músico, em Londres? Em que patamar estão os Blood Safari?

No momento deixei Londres, voltei a Portugal há 2 meses atrás, mas sempre tive o trabalho que quis em Londres e hei-de ter no futuro...deixei muitos amigos e conheço bem o meio musical inglês....em relação aos Blood Safari, a banda já não existe há mais de 3 anos, mas sempre tivemos boa aceitação...

Fale-me um pouco do seu percurso pós-Tédio Boys? É verdade que os Parkinsons estiveram "quase lá"?

Os Tedio Boys por assim dizer foi o meu processo embrionário na minha ligação com o Rock n'roll, apesar de já estar envolvido em outros projetos antes dos Tedio Boys mas em diferentes ondulações artísticas. Foi com os Tedio que abracei a estrutura primitiva e aprendi os segredos da canção, falando de canção como uma estrutura simples e dinâmica, as bases da música rock...o que para mim foi muito importante...Mas mais importante que isso, os Tedio Boys foram mais que uma banda, foram um grupo de amigos com instrumentos na mão....
O Pós-Tedio foi tão rápido que quase não me lembro....se calhar por causa disso é que me chamam Torpedo.... O que me lembro bem, é que deixamos Coimbra a meio de 2000... e no princípio de 2001 éramos capa do Blitz, e enchíamos o Paradise Garage em Lisboa com os bilhetes a 17 euros na altura .... isto com os Parkinsons...como vês o Pós Tédio foi muito rápido....e nesses primeiros anos dos Parkinsons ainda mais rápido ficou pois os nossos concertos eram os ensaios, depois do primeiro concerto em Londres a coisa nunca mais parou....seguiu-se a América ,Japão e por aí fora...too fast too soon. Em relação ao "quase lá", nao tem lógica como pergunta para quem realmente me conhece pessoalmente e bem.....pois eu estive sempre "lá", desde o primeiro dia que peguei um palco, pois para mim o estar "lá" é fazer uma boa música ou dar um grande concerto.... o resto realmente não me interessa....se calhar gostava de ter mais umas patacas no bolso....mas não sou um carreirista, gosto da música pela música.......e não gosto de ninguém que se auto-intitule músico....porque não o somos, tocamos instrumentos com 6 cordas....essa é a verdade.
E a expressão "quase lá" mete-me um bocado de medo, pois vivemos numa geração que está desesperada pelo "lá" (depois acontecem coisas como em Nova York , como o menino Renato de Cantanhede).... e aí e que está o problema da nossa música no momento....bandas e "músicos", que antes ainda de fazerem uma música decente já estão na procura desesperada de um contrato discográfico ou de um manager.... Por isso essas coisas nunca me afectaram e não me vão afectar no futuro, a minha recompensa com a música é feita de outra forma....de uma maneira íntima e em forma de apreciação.....esse é o meu "quase lá".....tenho pena que essa não seja a atitude de muita outra gente no meio musical, pois a qualidade de bandas e da música mundial podia ser muito melhor... mas pouco há a fazer numa sociedade que supervaloriza a mediocridade e aniquila os bons talentos.... e assim nós ficamos com os Deolinda e os por aí além....

Quais são/foram as suas referências musicais? Quais os momentos da sua carreira que melhor recorda?

Para responder a essa pergunta, tinha que te mandar um livro.... pois primeiro que tudo sou um amante e doente por música......tornando-se difícil para mim enumerar as bandas que me influenciaram ou até mesmo os géneros musicais que andam sempre à minha volta....mas se falarmos diretamente do universo rock....no topo para mim sempre estiveram os Clash, Ramones, Cramps, Devo, Gene Vincent e por aí fora.....
A chegada dos Parkinsons a Londres é sem dúvida o Turn Point da minha carreira e da minha vida....a passagem da adolescência para homem (talvez)...





CONTINUA....

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Coimbra tem mais encanto na hora... do rock n' roll! Entrevista a Bruno Simões

Boa noite!

Hoje começo a publicar uma série de entrevistas a músicos de Coimbra.
Bem... pelo menos, tenho fé que eles me ajudem!
Para já, a coisa está a correr bem.


O primeiro entrevistado chama-se Bruno Simões e é baixista dos Sean Riley and The Slowriders, banda com 2 álbuns editados, "Farewell", de 2007, e "Only Time Will Tell", de 2009, e que navega por sonoridades como a folk, o rock e o blues.
Os restantes elementos da banda são Afonso Rodrigues/Sean Riley (voz, guitarra), Filipe Costa (teclados) e Filipe Rocha (bateria). Todos os músicos tocam outros instrumentos.

Uma das boas surpresas nos meus ouvidos nos últimos anos. Lembro-me dos bons momentos que passei e passo a ouvi-los e dos talvez 6/7 concertos a que terei assistido. Agora de repente, lembro-me das Noites Ritual e do Optimus Alive, das primeiras partes dos Wraygunn ou do TAGV. Ideal para consumir num qualquer teatro perto de si...

Mas... falando com Bruno Simões:

Acha que Coimbra tem potencialidade para ter uma cena musical, mesmo que à sua escala e a nível nacional, tal como a Manchester dos anos 80/90 ou a Nova Iorque de Patti Smith e Television?

Qualquer cidade tem a sua "cena musical". Coimbra não é assim tão diferente de qualquer outra cidade portuguesa dentro deste contexto. Coimbra tem sim pessoas interessantes e muita música boa a ser feita. Muita da visibilidade de Coimbra e da sua "cena musical" parte dos extintos Tédio Boys, por isso quase que podemos embrulhar este acontecimento musical em volta de um conjunto de pessoas. Existe em Coimbra música boa e má a ser feita. Muita da música boa (e numa visão pessoal) nasce desse conjunto de pessoas que descenderam dos Tédio Boys. A "Coimbra, capital do rock" é um emblema que acaba por surgir para tentar marcar as várias bandas formadas depois do fim dos Tédio Boys. Para mim, Coimbra já teve a sua "cena musical". Vamos ver se a música como forma de arte, cultura e símbolo social volta a ser tão forte em Coimbra como o foi entre 1990 e 2000.

Portugal tem músicos/bandas bastante conhecidos do público em geral como os Xutos, Rui Veloso, Jorge Palma, David Fonseca, Pedro Abrunhosa e mais alguns. O que falta a bandas como a vossa ou por exemplo Bunnyranch, Wraygunn, Slimmy ou Diabo na Cruz para darem esse salto, comparando por exemplo com os "novatos", mas "famosos", Deolinda?

Existem vários factores. Todos os artistas que aponta têm 20, 30 anos de carreira. Todos cantam em português excepto o David Fonseca que teve nos Silence Four o inicio da sua visibilidade (relembro que os Silence Four estão no TOP 5 dos discos mais vendidos de sempre em Portugal). Todos os artistas conhecidos do público em geral já venderam milhares de discos durante os anos em que se compravam discos. Hoje em dia, o que chega ao público em geral são produtos fabricados dentro de uma portugalidade confortável para o ouvinte. É de fácil assimilação,soa ao pó que cobre os móveis mas ao mesmo tempo é fresquinho e moderno como os neo hippies de esquerda tradicional. E se os Deolinda cantassem em Inglês? E se os Wraygunn cantassem em português?

Quais os concertos que mais o marcaram em que participou como músico? E como espectador?

Como músico não tenho nenhum em especial. Todos os de maior dimensão pelas razões lógicas (Coliseus, Optimos Alive, Paredes de Coura), mas também guardo o concerto de Vila das Aves e o do Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria como momentos marcantes.
Como espectador... Boa pergunta... Há concertos que marcam pela intensidade emotiva, outros pela energia, outros pela surpresa e outros apenas porque simplesmente estamos lá. Passei uma temporada em Londres e assisti a coisas únicas e marcantes: a hipnose do concerto dos Sigur Rós no RFH, o delírio dos Acid Mothers Temple a musicarem um clássico manga "Legend of the Overfiend", o concerto surreal dos The Fall numa Virgin Megastore, por razões sentimentais os Depeche Mode em Tartu na Estónia. Em Coimbra, a par de todos os concertos dos Tédio Boys que via e que me faziam pensar ter visto o melhor concerto do Mundo, Ursula Rucker no TAGV. Parece ridículo, mas o murro no estômago une a comparação.

Onde gostariam de chegar os Sean Riley and The Slowriders?


Sinceramente não penso muito nisso. Para mim continuar a fazer boa música e chegar ao maior número de pessoas. E tocar muito ao vivo!


Quais as suas bandas/artistas favoritas e quais as que mais o influenciam?

Os Depeche Mode no topo. Depois o meu lado negro, Nick Cave & The Bad Seeds, Joy Division, o Gothic Rock dos Bauhaus, Alien Sex Fiend, UK Decay, os Mission e os Fields of the Nephilim. O punk, o pós-punk e o punk-funk, Stooges, Clash, The Cramps, Liquid Liquid, The Fall, Wire, !!!, algum psicadelismo e 60´s, Pink Floyd, Rolling Stones, Electric Prunes, Booker T, recentemente "Congratulations" dos MGMT. Depois coisas tão variadas como os Blues Explosion, os Asian Dub Foundation, These New Puritans, Caribou, Florence & The Machine, Devendra Banhart, The Kills, Yann Tiersen, Michael Nyman, Wim Mertens, Erik Truffaz, Erykah Badu, Saul Williams.... Basicamente tudo aquilo que tenha sentimento.

Obrigado Bruno, pelo tempo, e felicidades!
Encontramo-nos num concerto qualquer!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Entrevista com os Phazer

CapaPhazer é uma banda de rock oriunda de Lisboa, formada em 2004, que editou recentemente o seu primeiro álbum, “Kismet”. Sucessor do EP “Revelations”, de 2006, “Kismet” é um álbum sólido de rock, desprovido de quaisquer imposições de preconceitos estéticos limitadores ao género musical onde se inserem. Depois de a banda nos contactar e nos enviar o cd promo para ouvir o álbum, convidámos Paulo Miranda, vocalista, a responder a algumas perguntas, e aqui fica o registo da nossa conversa: