JOY DIVISION
Na década de
No dia 9 de Dezembro de 1976, os três amigos Bernard Sumner (guitarra), Peter Hook (contra-baixo) e Terry Mason (bateria), subiram ao palco para uma apresentação ao vivo. Porém, a repercussão não foi muito boa, segundo a revista local Sounds.
A formação da banda que nascia, seria completada quando um quarto jovem chamado Ian Curtis respondeu ao anúncio de jornal de Bernard, procurando por um vocalista. Ian, que era visto usando jeans com a palavra Ódio escrita, foi aceite sem ter sido submetido a nenhum tipo de teste, e ingressou nos Warsaw (Varsóvia), nome inspirado em uma música de David Bowie. Pouco tempo depois, o baterista Terry abandonou a condição de músico e tornou-se uma espécie de empresário da banda. Tony Tabac foi chamado para substituí-lo. Sem ao menos ter realizado um ensaio, o novo baterista participou numa apresentação na casa Electric Circus, em Manchester, no dia 29 de Maio de 1977. Após pouco mais de um mês, Tony foi excluído por não demonstrar interesse. Desta vez, o substituto foi Steve Brotherdale, que apesar de ser um bom músico, não se enquadrou no estilo da banda. Brotherdale ainda fez um convite para Ian se mudar para uma outra banda denominada Panik, mas Ian recusou. O baterista definitivo assumiu poucos dias depois: Stephen Morris, que foi o único a responder a um anúncio colocado numa loja de discos. Assim, finalmente os Warsaw encontraram a sua formação.
No decorrer do ano de
Em Dezembro, os Warsaw entraram no Penine Studio para a gravação de quatro faixas lançadas em junho do ano seguinte na EP independente An Ideal For Living. Nesta época, descobriram que havia um grupo londrino de Heavy Metal denominado Warsaw Pakt. Para evitar confusões, os Warsaw passaram a chamar-se Joy Division, seguindo a sugestão de Ian Curtis. Este nome foi extraído do livro The House Of Dolls, que descrevia os horrores do nazismo, e significa Divisões do Prazer: alojamentos destinados às mulheres judias que eram obrigadas a se prostituir nos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
A primeira apresentação como Joy Division ocorreu no dia 25 de Janeiro de 1978, na Pip's Disco,
Nos dias 3 e 4 de Maio, gravaram 11 faixas que comporiam o álbum de estréia da banda pela RCA. Mas nunca chegou a ser lançado oficialmente, pois os integrantes não gostaram da produção musical e dos sintetizadores adicionados posteriormente. Este disco foi disponibilizado apenas em versões clandestinas, ainda com o nome de Warsaw, e encontra-se as primeiras versões de Transmission e Shadowplay, faixas que futuramente se tornariam clássicas. Segundo Peter Hook: "Havia de repente uma diferença marcante entre as músicas". Assim, as faixas compostas após a gravação daquele álbum eram muito superiores.
Alguns eventos promovidos por Tony Wilson em Manchester, contaram com a participação dos Joy Division. A banda também participou de uma coletânea intitulada A Factory Sample da gravadora de Wilson, contribuindo com duas faixas: Digital e Glass. A partir deste momento, o produtor Martin Hannett passou a trabalhar com a banda, extraindo a musicalidade sombria que os integrantes almejavam.
A primeira apresentação em Londres, ocorreu no dia 27 de Dezembro de 1978. Em janeiro do ano seguinte, gravaram quatro faixas para a emissora BBC, e foram capa da revista New Musical Express, atraindo a atenção do público inglês.
O disco de estreia não poderia tardar. Em Abril de 1979 foi gravado Unknown Pleasures em apenas quatro dias e meio, e lançado
A banda se apresentava em palcos com pouca ou nenhuma iluminação. Nas letras e na interpretação, Ian Curtis abusava da expressão trágica e desesperadora. Assim, eles conquistaram um grupo fiel de admiradores que se identificavam com esse aspecto sombrio. As turnés iniciaram. Os jovens de França, Alemanha, Bélgica e Holanda viram de perto a lenda Joy Division, em 1979.
Em 1980, foi lançado um compacto de sete faixas com um número limitado de 1578 cópias. Com a produção impecável de Martin Hannett, o segundo álbum foi gravado em Março do mesmo ano em 12 dias. Os teclados foram o destaque deste disco que teve a bateria e os vocais gravados numa abóbada de estuque, especialmente desenvolvida para criar uma atmosfera lúgubre.
Nos meses seguintes, várias apresentações foram canceladas devido a má saúde de Ian. A epilepsia tornava-se intensa e os ataques ocorriam no palco. Uma turnê americana de três semanas nem chegou a iniciar. No dia 18 de Maio, Ian Curtis foi encontrado morto em sua casa, enforcado.
O compacto Love Will Tear Us Apart foi lançado em Maio e colocou a banda pela primeira vez no Top 20 britânico e foi escolhido como o compacto da semana na New Musical Express. O álbum Closer lançado no mês seguinte chegou a atingir a sexta colocação na parada britânica. O álbum Still de 1981, trazia apenas refugo do estúdio e o último concerto do grupo. Desde então, inúmeras compilações foram lançadas e integradas à discografia da banda. Os restantes elementos prosseguiram como New Order, e se estabeleceram como um dos mais importantes grupos dos anos 80. Porém, os Joy Division ainda são uma lenda do Rock mundial. Ian e seus companheiros são cultuados como verdadeiros símbolos de uma juventude angustiada que encontrou abrigo e tornou-se órfã com os Joy Division.
Integrantes:
Ian Curtis - Vocais
Peter Hook – Baixo
Stephen Morris - Bateria
Bernard Sumner- Guitarra e Teclado
Outros integrantes:
Steve Brotherdale - Bateria
Terry Mason - Bateria
Tony Tabac - Bateria
1980 - Closer
1988 - Substance
1990 – The Peel Sessions
1994 - Warsaw
1995 - Permanent
1997 - Heart and Soul
2001 – Fractured Box
2003 – Re-Fractured Box
2007 - Martin Hannett's Personal Mixes
2008 - The Best of Joy Division
2000 - Joy Division The Complete BBC Recordings
2001 - Les Bains Douches
2007 - Let The Movie Begin
1986 - The Peel Sessions (vol1) – EP ao vivo
1987 -The Peel Sessions (vol2) – EP ao vivo
1980 - Licht und Blindheit (Atmosphere)
1988 Atmosphere ('88 reissue)
1995 Love Will Tear Us Apart ('95 reissue)
2007 Love Will Tear Us Apart ('07 reissue)
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