sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
* Diário de um bom malandro * # 2 #
Claro que a vida não é só feita de rockalhadas, e embora o Carnaval seja oficialmente só Domingo e Terça, oficiosamente ele já cá está. E isso não deixa de ser uma boa notícia, mesmo para mim, que não lido bem com doses industriais de batucadas. Mas o que é certo, é que aprecio ver muita gente na rua. E isso agrada-me. Esta é a altura em que (quase) todos aparecem, mesmo aqueles em quem só pomos os olhos em cima nos dias e noites de Carnaval, de sexta a terça, e que, talvez por isso, pensamos quase sempre estarem mais gordos, ou mais magros, ou diferentes, simplesmente. A verdade, pelo menos para mim, é que no resto do ano, com raras excepções, a movida da minha terrinha não alimenta muito nem estimula o coração e a cabeça destas mesmas pessoas, para que apareçam regularmente. Mas pronto, há quem diga que é só por causa da falta de dinheiro....São opiniões....
Mas aí está, a música a unir o povo....e a fazê-lo sair à rua...
Enfim, o que interessa é que o Carnaval está na cidade. Vamos celebrá-lo....cada um à sua maneira...
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Diário de um bom malandro
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
* Diário de um bom malandro * # 1 #
Há uns tempos fui beber um copo com um amigo, a um sítio muito frequentado aqui na terra. Nada de novo. Aliás, nada mesmo... Muita gente, a "loucura" completa (ou talvez não), corpos abanando-se ao som da "conversa de sempre" (não gosto de referir nomes, muito menos Samba e Kizomba).
Até que, a certa altura, reparei que se encontrava na sala um sujeito caricato, completamante embriagado. Ao ver que olhava para ele, o sujeito dirigiu-se para perto de mim. Pensei logo "este gajo quer conversa", mas mantive-me no mesmo sítio. O fulano chega-se ao pé de mim e grita-me ao ouvido: "Que merda é esta? Onde é que está o Roquenrole! Não há Roquenrole nesta terra?"
Já não me lembro o que lhe respondi, mas o que é certo é que dei por mim a pensar que já por diversas vezes tinha feito a mim mesmo e a mais alguém essa mesma interrogação.... e esta situação veio mostrar-me como por vezes, mesmo alguém que parece não estar na posse das suas totais faculdades, consegue ver uma coisa que parece passar ao lado de muita gente...
Até que, a certa altura, reparei que se encontrava na sala um sujeito caricato, completamante embriagado. Ao ver que olhava para ele, o sujeito dirigiu-se para perto de mim. Pensei logo "este gajo quer conversa", mas mantive-me no mesmo sítio. O fulano chega-se ao pé de mim e grita-me ao ouvido: "Que merda é esta? Onde é que está o Roquenrole! Não há Roquenrole nesta terra?"
Já não me lembro o que lhe respondi, mas o que é certo é que dei por mim a pensar que já por diversas vezes tinha feito a mim mesmo e a mais alguém essa mesma interrogação.... e esta situação veio mostrar-me como por vezes, mesmo alguém que parece não estar na posse das suas totais faculdades, consegue ver uma coisa que parece passar ao lado de muita gente...
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terça-feira, 4 de dezembro de 2012
* Dias de Porto * Esta depressão que me anima *
"Dead Combo, relojoeiros do som e claro, a Orquestra. Dead Combo é dor, prazer, orgasmo e sensualidade. É gangster e cowboy. É Nápoles e Lisboa. É cravo, G3 e faca do mato. É jindungo e ginginha. É música e cinema. É viagem e quarto escuro. É vida e morte. É carne e sangue. É serão em casa, noite de copos ou noite de sexo. Engate ou desgosto de amor. Contenção ou delírio. O pico do Evereste. Ou um dos picos. As músicas que a cidade contém. "
em:
Dead Combo & Royal Orquestra das Caveiras * Noites Ritual * Porto * 31/8/12
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quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Rodrigo Leão * Coliseu Do Porto * 26 de Novembro de 2012 * Vídeos
Estive no YouTube e encontrei uns vídeos bem decentes feitos da plateia.
Obrigado a quem os fez. Vamos a alguns deles:
Cumprimentos
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Scott Matthew
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Rodrigo Leão * Coliseu Do Porto * 26 de Novembro de 2012
Rodrigo Leão é uma daquelas personagens que eu gosto de apelidar de "artistas de alma cheia". É um daqueles artistas com uma densidade impressionante, capazes de abraçar vários estilos, colocá-los na sua música, e apoderar-se deles, tão belas que são as composições que passam das suas ideias para a tela sonora que nos chega mais tarde. Fui vê-los, a ele, banda e convidados, ao Coliseu do Porto, e embora já o tivesse visto uma vez, em festival, pareceu-me a primeira vez. E isto porquê? Talvez porque entre as duas ocasiões, passei de uma tarde solarenga no Meco, inundada de ambiente festivo com um público mais atento a outras sonoridades, para um serão prazeroso na Invicta, numa grande sala, onde sobressaíam as vestes elegantes do público, "a sua melhor roupa", talvez uma roupa apropriada para a cerimónia em causa, receber Rodrigo Leão no Coliseu. Um imagem que combinou na perfeição com o cenário desenhado por Leão e os seus músicos. Foi a minha estreia no Coliseu do Porto. Em anos e anos de concertos, nunca me tinha calhado pôr lá os pés. E que estreia!!
Rodrigo e companhia fizeram desfilar, antes de mais nada, 7 ou 8 instrumentais, alguns deles que me trouxeram à lembrança ruas e lugares de Paris, Roma ou Buenos Aires, sítios em que realmente nunca estive antes. É bom quando isso acontece... Tudo composto e executado com um bom gosto assinalável. Depois vieram os convidados, o australiano Scott Matthew, o irlandês Neil Hannon (Divine Comedy) e a inglesa Beth Gibbons, dos Portishead. Scott cantou 5 ou 6 canções, em especial "Terrible Dawn", com sua voz muito sui generis e figura a fazer lembrar o Raminhos do 5 Para A Meia Noite, o gentleman Neil Hanon cantou 2, ou melhor, cantou a mesma duas vezes, já que repetiu "Cathy" no encore, talvez porque o primeiro assalto não tenha corrido como esperava, e a tímida e melancólica Gibbons apresentou a sua "Show", e "Lonely Carousel". Qualquer um deles combina muito bem com o mundo de Rodrigo Leão. Portanto, em suma, são concertos como este que fazem valer a pena ir trabalhar com 2 horas de sono e penar durante o dia seguinte. Sem dúvida, um serão muito bem passado.
Rodrigo Leão é uma daquelas personagens que eu gosto de apelidar de "artistas de alma cheia". É um daqueles artistas com uma densidade impressionante, capazes de abraçar vários estilos, colocá-los na sua música, e apoderar-se deles, tão belas que são as composições que passam das suas ideias para a tela sonora que nos chega mais tarde. Fui vê-los, a ele, banda e convidados, ao Coliseu do Porto, e embora já o tivesse visto uma vez, em festival, pareceu-me a primeira vez. E isto porquê? Talvez porque entre as duas ocasiões, passei de uma tarde solarenga no Meco, inundada de ambiente festivo com um público mais atento a outras sonoridades, para um serão prazeroso na Invicta, numa grande sala, onde sobressaíam as vestes elegantes do público, "a sua melhor roupa", talvez uma roupa apropriada para a cerimónia em causa, receber Rodrigo Leão no Coliseu. Um imagem que combinou na perfeição com o cenário desenhado por Leão e os seus músicos. Foi a minha estreia no Coliseu do Porto. Em anos e anos de concertos, nunca me tinha calhado pôr lá os pés. E que estreia!!
Rodrigo e companhia fizeram desfilar, antes de mais nada, 7 ou 8 instrumentais, alguns deles que me trouxeram à lembrança ruas e lugares de Paris, Roma ou Buenos Aires, sítios em que realmente nunca estive antes. É bom quando isso acontece... Tudo composto e executado com um bom gosto assinalável. Depois vieram os convidados, o australiano Scott Matthew, o irlandês Neil Hannon (Divine Comedy) e a inglesa Beth Gibbons, dos Portishead. Scott cantou 5 ou 6 canções, em especial "Terrible Dawn", com sua voz muito sui generis e figura a fazer lembrar o Raminhos do 5 Para A Meia Noite, o gentleman Neil Hanon cantou 2, ou melhor, cantou a mesma duas vezes, já que repetiu "Cathy" no encore, talvez porque o primeiro assalto não tenha corrido como esperava, e a tímida e melancólica Gibbons apresentou a sua "Show", e "Lonely Carousel". Qualquer um deles combina muito bem com o mundo de Rodrigo Leão. Portanto, em suma, são concertos como este que fazem valer a pena ir trabalhar com 2 horas de sono e penar durante o dia seguinte. Sem dúvida, um serão muito bem passado.
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