Os Resistência tiveram o seu auge em 91-92. Nos meus ouvidos, brilharam apenas em 2013. Foi quando eu lhes dediquei tempo e me senti motivado para os escutar. Não apenas ouvir. Algo me diz, que este ano lhes vou dedicar mais tempo ainda, e que nos vamos encontrar mais alguma vezes.
No Sábado, dia 27, fui vê-los. Foi por sorte, literalmente. O Coliseu do Porto voltou a ser talismã e a sexta fila da plateia, ouro sobre azul. 2h30m depois, sentia-me como aquele trintão que recordou momentos passados ao som daquelas canções, e mais ainda, daquele imaginário criado pelas mesmas. Não era o caso, mas parecia. Estavam lá muitos deles e eu, por essas 2h30m fui um deles. Fui o tal trintão, mas aos 20 e muitos. Aposto que daqui a 15 anos me vou lembrar deste concerto e vou dizer qualquer coisa como: E quando eu fui ver os Resistência ao Porto? Lembro-me bem, já era trintão!! Adoro ser conquistado por uma banda, ao vivo. Aconteceu mais (do que) uma vez.
Não gosto de ser chato.... Mais tarde, encontrei alguns dos Resistência num bar. Fui dar-lhes os parabéns. Da minha boca só consegui tirar uns míseros "Excelente concerto!" e "Um abraço!". Chegou. Penso que, pelo menos o Miguel Ângelo e o Olavo, estariam prontos a trocar um dúzia de palavras, mas não tiveram essa "sorte". Não gosto de ser chato....e retirei-me com a mesma rapidez com que os abordei. É próprio dos "reservados" (não necessariamente significando "Reserva" como nos vinhos, mas posso assumir o cargo, se for preciso).
Dessa noite, ficam as imagens, as sensações e as canções. E é o que basta.
Afinal, não é isso que realmente importa na música?
Em Cantanhede, a 31 de Julho, pode ser épico... depois não digam que eu não avisei...
P.S.: A cultura, como tantas outras coisas, é, mais que importante, urgente.
É preciso avançar, porque amanhã pode ser longe demais...